Eleições do DCE: Sentimento de oposição vence, mas não leva!!

As eleições para a diretoria do DCE da Unijui, neste ano, tiveram um resultado atípico. Num processo rápido, com pouco mais de uma semana de campanha no regime regular, em uma universidade com cerca de 8 mil estudantes aptos a votar, na qual menos da metade teve acesso as urnas, a grande maioria votou contar a atual gestão do DCE.

A prova disto é que as duas chapas que disputavam o pleito apresentavam-se para os estudantes como oposição. Infelizmente, esta não era bem a verdade. A chapa situacionista, chapa 1, dita “Voz Ativa”, articulou-se a partir da atual diretoria do DCE, apoiada em representantes de cursos, sobretudo naqueles que freqüentemente acessam recursos para promoção de viagem e eventos.

Para assegurar uma vitória nas eleições, além de fingir ser oposição, a chapa 1 utilizou-se toda a estrutura de um partido político, o que além de recursos financeiros abundantes, também representou em uma rede subterrânea de apoios, de interesse duvidoso, além de táticas explicitas de chantagem e falsas promessas.

Apesar de todo este esforço, até a inicio das votações, não era certo a vitória da chapa de situação, pois já pairavam dúvidas sobre o discurso desta chapa. Então o grupo usou seu maior trunfo. O controle absoluto de uma comissão eleitoral totalmente comprometida, onde um integrante é o presidente em exercício do DCE e funcionário do xérox da entidade, outros dois representavam o Conselho de DA´s/CA´s e manifestaram- se publicamente no material de campanha da chapa 1, outro era o atual presidente, que esta licenciado e concorre a vereador, mas entrou na comissão representando a chapa 1, sendo que apenas a representante da chapa 2 podia fazer o contraponto.

Esta comissão, entre outras manobras, impediu que as urnas circulassem no segundo dia das votações, nas salas de aula, evitando que grande parte dos estudantes votasse. Como se não bastasse isto, ainda segurou as urnas até quase às 21h, restando apenas 1 hora, de urnas fixas, para os estudantes votarem no segundo dia. Desta forma, a chapa situacionista assegurou sua vitória eleitoral. Mas ficou claro uma derrota política para este grupo, que apesar de todas as manobras, que iniciaram com a publicação do edital com 15 dias de atraso, quando já não havia mais aulas, e continuou durante todo o processo eleitoral, a grande maioria dos estudantes votaram por mudanças, apesar de terem sido enganados.